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Mostrando postagens de novembro, 2016

Mal que me corói

Foi como respirar depois de passar muito tempo imersa. Forte, puxando até o ar que não cabe nos pulmões. Não foi bom como respirar, mas foi desesperador como estar imersa. De repente eu estava lá. Meu coração batia com toda sua força, minha garganta estava trancada para segurar o que vinha se aproximando galopante do meu peito, minha pele descolava-se dos músculos abaixo dela e tilintava arrepiando, por consequência meus músculos estavam soltos e eu já não controlava muitos deles, meu ventre sentia como se um cabo de aço o atravessasse de um lado a outro, até não conseguir segurar a explosão que passou estourando a pedra na minha garganta e vazou de mim um líquido que aliviava a pressão. Sentir a carne doer de tanto pavor, não ter mais certeza dos sentimentos, preferir fugir a enfrentar é o resumo de tudo. Ter injeções de adrenalina  e ácido percorrendo as veias, não aguentar mais a dor na boca do estômago. Era impossível, para alguém como eu, não imaginar cada detalh