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Insônia

Odeio esse incômodo noturno  Que arranca das pessoas a disposição  Martela e martela na insistente permanência  Vem sem avisar e quando vê ali está  Não há nada que melhore, que alivie Começar no chá e termina na preta De uma hora vai pra noite toda Odeio esse desespero torturante  A busca incansável por uma fio de bom sono Onde olhar paredes e o teto vira comum E o som do ventilador uma companhia  Odeio esse som silencioso Que perturba e tira a paz Que me impede de tê-lo a noite toda ao meu lado.  

Intensidade

Sua ausência me corroí, me lacina de dentro pra fora Minha pele arde, queima por implorar a sua. O abismo que se abre em meu peito O desespero que assola meus dias O fio de dor que transpassa meu coração O frio que me envolve por inteira É como estar morta em vida Estar sem você de nada vale pra viver A escuridão me consome Eu me afundo desdobro e torno a dobrar dentro de mim buscando uma razão para continuar Te amar não poderia exigir menos É intensamente profundo, como você Abstrato até pra mim Poeta sofrente Ele dá as mais profundas sensações Euforia, como cocaína Tranquilidade, como maconha Alucinações, como êxtase O amor Exige suas melhores palavras melhores gestos É a prisão que nunca se quer abandonar Te toma tudo e te dá muito mais Traz a décima segunda nota a essência que faz do perfume, único O cheiro que exala vida Que preenche a alma Pode-se nunca senti-lo Pode já ter ido sem voltar Pode ainda estar Mas quando chegou veio pra tomar